Cartografias Têxteis
investigação-ação participativa internacional
Cartografias Têxteis é um projeto de investigação-ação participativa que utiliza as artes têxteis para narração de histórias, coordenado pelo Grupo de Investigação em Artes, Comunidade e Educação(GriArCE) da APECV e pelo coletivo C3, com 35 grupos de universidades, escolas, colectivos e ONGs em locais das Américas, África, Ásia, Austrália e Europa.
Desde 2022 que participo no projeto internacional Cartografias Têxteis: primeiro de forma individual e, desde Janeiro de 2023, coordenando o Grupo da ABESA|Atrozela. Escolhi trabalhar com um grupo de pessoas mais velhas porque queria muito aliar esta experiência ao trabalho com a primeira infância. Tem sido um percurso intenso e maravilhoso, um mundo de descobertas, feitas de mãos dadas com os seniores, que me tem ajudado a encontrar novos campos de trabalho, bem como a consolidar todas as aprendizagens anteriores.










SOBRE NÓS
ABESA|Atrozela é um grupo muito empenhado no projeto Cartografias Têxteis, sempre a coser e a inventar quadrados. Desde Janeiro de 2023 já participámos em 14 exposições internacionais deste projeto, ou seja, levámos os nossos quadrados, a nossa voz, a 9 países e quatro continentes. Também participámos, levando e falando sobre a nossa experiência, em congressos, encontros e dinamizámos uma Oficina na Quinta Alegre – Lisboa. Entre Janeiro-Fevereiro de 2024 organizámos a nossa primeira exposição local, no Espaço Montepio – Alcabideche e em Fevereiro-Março de 2025 fizemos uma segunda exposição local, patente na sede da ABESA, para comemorar dois anos de participação no projeto.
Atualmente (2025), o grupo é constituído por cerca de 14 (catorze) membros - 13 mulheres e 1 homem, todos com mais de 60 anos (embora a maioria tenha mais de 70 anos). Os membros do grupo são na sua maioria reformados e estão, de alguma forma, envolvidos em duas organizações locais – a Associação de Bem-Estar Social de Alcabideche - ABESA e a Associação de Moradores da Atrozela, que desenvolvem atividades, também e não só, para os idosos na zona de Alcabideche (Cascais, Portugal). A nossa principal preocupação é ouvir e amplificar a voz dos mais velhos, dar espaço às suas/nossas histórias de vida e fazê-los/nos chegar aos olhos da comunidade, abrindo espaço para falar de emoções e assuntos difíceis - como a solidão.
Acreditamos que todos somos capazes de criar, utilizando formas expressivas para o fazer,
e que as nossas mãos são poderosas “ferramentas” para conseguir uma comunicação significativa e bem-sucedida.
Como tal, desde o início da nossa participação, estabelecemos um mote poético que nos tem guiado ao longo destes dois anos de participação: TODAS
AS MÃOS TÊM UM ÚTERO.


