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Momento de improvisação de movimento na sala quase vazia.

Respigadores

Artigo

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"Um livro. Uma sala vazia refletida em espelhos imóveis. Pequenas e irrequietas vidas, abarrotando de curiosidade. Trazíamos, eu e eles, essa bagagem que é o nosso corpo e a multiplicidade que nele somos [ali na sala, em tantos outros sítios e com tantos Outros que não o NÓS que ali seríamos]. Uma bagagem forrada de vontade de criar. Respigar. De pés descalços, folheámos o livro e folheámo-nos à procura de ser; movemo-nos, experimentámos sons; pendurámo-nos em objetos que, lentamente, nos invadiram. Respigámos. Brincámos com as palavras, com o absurdo, com o inusitado. Ouvimo-nos repetidas vezes. Plantámos personagens, salpicámos percursos no espaço. Paulatinamente, uniram-se [personagens, percursos, espaço] num [des]sentido. Respigadores que somos, fomos, embarcámos nesta demanda para criarmos um caminho, feito história-música-movimento, que nos levasse a um lugar de afeto. 

Aqui, neste tempo presente, pretende-se refletir sobre uma experiência de cocriação com crianças entre os 6 e 7 anos de idade, em contexto educativo formal, e a sua relação com o conceito de Respigadores [desenvolvido em investigação de Mestrado]. Partindo da base metodológica da A/r/tografia, falar-se-á sobre um processo de trabalho [contaminado pela vontade férrea de explorar o menos óbvio] e a forma como professora e alunos se envolveram nas diferentes etapas da criação de uma história que cruzou diferentes abordagens artísticas trazendo, também e literalmente, o palco para dentro de uma sala [vazia]."

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Comunicação no 33º Encontro da APECV: Espaços Transientes, 21-23 de maio de 2021

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Publicação de Artigo na Revista  Imaginar, nº 66 (novembro 2021)

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